Em tempos de pandemia, onde as pessoas tem se desdobrado para poder pagar as suas contas mensais, uma das principais despesas para um inquilino é o aluguel de sua residência. Dependendo do orçamento da família, chega a pesar quase 50% dos rendimentos mensais.
O mercado imobiliário foi duramente atingido com o fechamento do comércio e a retração da economia nacional. Nos últimos dias, os inquilinos têm realizado reuniões com os seus mandatários para tentar uma redução nos alugueis, o que normalmente não é igual quando o cliente vai a uma corretora de imóveis.
Em entrevista ao Portal Eu, Rio!, o economista Eduardo Luiz, gestor de negócios da Epar Business, contou que no mês de março houve uma redução de 30% nas vendas no Estado do Rio. Já em abril, o recuo foi de 80%, o que representa um impacto objetivo no mercado de imóveis. Na cidade do Rio de Janeiro, caíram entre 12% e 20%, mas isso não foi refletido em vendas de casas e apartamentos. “Isso varia muito do tipo de apartamento que o comprador deseja”, ressalta Eduardo.
O economista recomenda que as pessoas que desejam mudar de imóvel pesquisem bastante o tipo de casa que desejam. Além disso, que possam negociar o valor imóvel e que tenham dinheiro em mãos. “É um momento propicio para a compra da sua casa própria. Para quem deseja alugar, não há condições legais para manter, pois não se tem a garantia que o inquilino manterá o contrato”, afirma Eduardo. Para a renovação ou renegociação de contrato, é importante saber negociar para ambas as partes ficarem satisfeitas. A tendência é o crescimento do mercado de locação de imóveis nos próximos anos.
A advogada especializada em direito imobiliário Larissa Marques diz que é cada vez mais maior o número de solicitações para diminuição do aluguel em empresas e por pessoas físicas. Além disso, ela lembra que há um projeto de lei no Senado Federal que suspende o pagamento de aluguel residencial entre os dias 20 de Março e 30 de Outubro de 2020 para trabalhadores que sofram cortes em seus rendimentos mensais. Já a Câmara Federal aprovou o projeto de lei que prevê suspensão do despejo por falta de pagamento válida para processos iniciados a partir de 20 de março, em face do estado de calamidade no país.
Referência: eurio.com.br